Jesus é Deus? Alguma vez Jesus afirmou ser Deus?
Pergunta: "Jesus é Deus? Alguma vez Jesus
afirmou ser Deus?"
Resposta: Na Bíblia não há registros de Jesus dizendo,
palavra por palavra: “Eu sou Deus”. Entretanto, isto não significa que Ele não
tenha afirmado ser Deus. Como exemplo, tome as palavras de Jesus em João 10:30:
“Eu e o Pai somos um.” Em um primeiro olhar, isto pode não parecer uma
afirmação de Jesus em ser Deus. Entretanto, perceba a reação dos judeus a Sua
afirmação: “Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma
obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo”
Segue a refutação
Jesus nunca afirmou ser Deus,
nem se quer teve a intensão de tal coisa, as palavras de Jesus em João 10: 30,
nada tem a ver com ser Deus, mas sim a sua unidade com Deus em proposito,
vontade e razão. A mesma palavra “um” é usada por Jesus em João 17: 21 quando
fala da unidade com os seus discípulos. Considerando que o vocábulo grego para
“um” é neutro poderia ser traduzido o texto como: “Eu e o Pai somos uma mesma
coisa”, porque o gênero neutro aqui não configura a intenção de pessoa. Mas isso
não foi relevante nas traduções pela deficiência da nossa língua. Quanto a
reação dos judeus não recaiu diretamente sobre este ponto, se examinarmos o
contexto podemos ver que os judeus já estavam irritados com Jesus muito antes
desta fala. Será mesmo que Jesus estava se fazendo Deus por afirmar a sua
unidade com Deus? Ou os judeus queriam um motivo para condena-lo? A resposta a
essa pergunta é óbvia.
(João 10:33). Os judeus compreenderam a afirmação
de Jesus como uma declaração em ser Deus. Nos versículos seguintes Jesus não
corrige os judeus dizendo: “Eu não afirmei ser Deus.” Isto indica que Jesus
realmente estava dizendo que era Deus ao declarar: “Eu e o Pai somos um” (João
10:30). João 8:58 nos dá outro exemplo: “Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade
vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou.” Mais uma vez, em resposta, os
judeus tomaram pedras em uma tentativa de apedrejar Jesus (João 8:59). Por que
os judeus iriam querer apedrejar Jesus se Ele não tivesse dito algo que criam
ser uma blasfêmia, ou seja, uma afirmação em ser Deus?
Segue a refutação
Esta afirmação de que
os judeus compreenderam a declaração de Jesus em ser Deus, pelo fato de não
corrigi-los dizendo: “Eu não sou Deus” é um argumento ridículo, pois se
examinar o contexto da conversa verá que Jesus não confirma tal ideia. Pois a
expressão: “Eu e o Pai somos um” fala de simples unidade, como exposto a
refutação acima. João 8: 58: “Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo
que antes que Abraão existisse, eu sou.” Aqui sem sombra de dúvida não se
trata do “EU SOU” de Ex 3:14, Jesus fala da sua idade e não de sua identidade, até
mesmo que a expressão de Êxodo “Eu Sou” é um substantivo, e a que Jesus afirma
é do verbo “SER”, pois no contexto seguinte os mesmos judeus dizem: “não tens
50 anos e viste Abraão ?”, agora o fato dos judeus quererem apedrejar Jesus
pela segunda vez, é só ler todo contexto que saberá o porquê, no capitulo de 8
a 10 há uma série de razões que os provocam, no capitulo 8 Jesus diz que eles
tem por pai ao diabo e os acusa de homicidas, no 9 Jesus cura um cego de
nascença no dia de sábado e chama os fariseus de cegos no 10 Jesus diz que
ninguém tira a sua vida, mas que ele dá para tornar a toma-la, isso faz com que
os judeus o acusem de se passar por Deus “...Ti fazes Deus a si mesmo...” não
que Jesus se passasse por Deus, mas os judeus que diziam isso, o que não é
necessariamente verdade, isso era apenas um motivo para acusa-lo. O próprio
Jesus diz: “na vossa lei está escrito vos sois Deuses e todos vos filhos do
altíssimo”, se a palavra dirigida a homens os chama deuses, quanto ao filho do
homem dizer que é filho de Deus vós dizeis blasfema, se não faço obras não
credes, se faço também não credes, crede ao menos nas obras, aqui Jesus mostra
que a razão dele realizar as obras é pelo fato do Pai estar nele, ou Deus estar
nele e ele em Deus, e não dele ser Deus, portanto os judeus estão equivocados
neste pensamento, não queriam reconhe-lo como messias ungido por Deus, mas preferiram
acusa-lo de ser Deus, não podemos tomar a ideia dos fariseus como verdade
absoluta, porque procedendo assim estaremos a favor dos que o condenaram e não
dos que o reconhecem como messias, pois a sua condenação foi justamente a ideia
farisaica de tê-lo como Deus. Ao invés de tê-lo como messias.
João 1:1 diz que “o Verbo era Deus.” João 1:14 diz que “o Verbo se fez carne.”
Isto claramente indica que Jesus é Deus em carne. Atos 20:28 nos diz:
“...Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos
constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com
seu próprio sangue.” Quem comprou a igreja com Seu próprio sangue? Jesus
Cristo. Atos 20:28 declara que Deus comprou a igreja com Seu próprio sangue.
Portanto, Jesus é Deus!
Segue a refutação
João 1:1 “o Verbo
era Deus”. A expressão “o Verbo era Deus” não dever ser entendido como prova de
que: Jesus é Deus, porque esse tipo de entendimento gera conflito dentro do
próprio texto; porque no mesmo texto diz: que “o Verbo estava com Deus”, como
pode o Verbo ser Deus e estar com Deus ao
mesmo tempo, porque se o Verbo é Deus como pode estar com Deus? Seria
como Deus estar consigo mesmo. Vale ressaltar aqui que o texto deve ser entendido
gramaticalmente, o que o escritor quis dizer gramaticalmente quando fez esta
construção do texto dessa forma, cada elemento do texto tem que ser levado em
conta para uma interpretação correta, para não gerar um interpretação errônea e
antagônica.
Considerar o Verbo como Deus
nesta interpretação é o mesmo que admitir que Deus existia a partir de um
princípio. Porque o texto está dizendo que: “No princípio era o Verbo, o verbo
ser aqui tem conotação de existência, é a existência do Verbo no princípio. Na
epistola de João, ele vai usar a mesma expressão “o que era desde o princípio”
IJoão 1:1, isto, é, o que existia desde o princípio. Então como entender “o
Verbo era Deus”, João aqui não está dizendo que o Verbo é o próprio Deus,
porque fazendo uma análise gramatical, vemos aqui um caso de predicativo do
sujeito, onde o termo Deus, apesar de ser um substantivo, mas tem a função de
predicativo, por causa do modo como está colocado na construção da frase; temos
um sujeito na frase e um verbo de ligação “era” e um substantivo “Deus” sem
artigo. Se eu substituir os termos neste versículo dá para se perceber este
caso claramente, colocando o Verbo por filho e Deus por Criador. Vejamos como
ficaria: “No princípio era o Filho e o Filho estava com o Criador e o Filho era
Criador. Observe aqui que a palavra
Criador se mostra claramente
como um predicativo, em conclusão o termo “Deus” no texto tem o mesmo sentido,
devendo assim ser traduzido como “o Verbo era divino”
Quanto ao versículo 14 que diz:
“o Verbo se fez carne” fala do filho de Deus, e não do próprio Deus, como já
foi dito acima o Verbo é o Filho de Deus e não o próprio Deus. Quem se faz
carne não é Deus, não tem como provar isso em todo evangelho de João. Visto que
a lei exigia a morte de um homem e não a morte de um Deus. Considerando que
Deus é imortal.
A referência de Atos 20:28, de
modo algum prova que Jesus é Deus, pelo fato de mencionar “a igreja de Deus,
que ele resgatou com seu próprio sangue.”
A menção aqui “seu próprio
sangue” se refere ao fato do Filho pertencer ao Pai como propriedade do Pai,
pois é o Pai o pagador do preço por nossas almas, como o Filho é do Pai, o
sangue do Filho também é do Pai, como se dissesse em uma figura de linguagem
que o seu filho é o seu próprio sangue, sem implicar que seja literalmente você
e seu filho uma mesma pessoa. É um tremendo absurdo a pessoa conceber a idéia
que Deus tenha derramado o seu sangue, mesmo achando que Jesus fosse o próprio
Deus em carne, mas aqui fica a pergunta: e Deus pode morrer? A Bíblia não diz
que Deus se fez carne, mas que Deus habitou na carne, (em seu Filho) Jesus
disse: “ ..e que o Pai está em mim” João 14:10. Paulo disse: “que Deus “ESTAVA”
em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo” e não que Deus “ERA” Cristo.
Tomé, o discípulo, declarou a respeito de Jesus:
“Senhor meu, e Deus meu!” (João 20:28). Jesus não o corrige. Tito 2:13 nos
encoraja a esperar pela volta de nosso Deus e Salvador, Jesus Cristo (veja
também II Pedro 1:1). Em Hebreus 1:8, o Pai declara a respeito de Jesus: “Mas,
do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de
equidade é o cetro do teu reino.”
Segue a refutação
“Senhor meu, e Deus meu!” (João
20:28). Será mesmo isso uma declaração de Tomé? Vemos que a sentença tem uma
exclamação (!) logo isso nem pode ser uma declaração, tentar tomar como prova o
fato de Jesus não corrigi-lo, é um argumento por demais duvidoso, pois há duas
a questão em pauta; assim pode ser um consentimento o silencio de Jesus, também
pode ser o fato da sentença não ser dirigida a ele, isso também justifica o
silencio de Jesus. Há uma outra questão a ser analisada aqui, se a expressão
fosse mesmo dirigida a Jesus, ela deveria estar no vocativo, o que não é o caso
neste texto. Veja este exemplo: se um parente meu que tenha sido morto, de
repente aparece a minha frente, e eu exclame: meu Deus! Por acaso eu estaria
declarando este parente de meu Deus? Ou estaria dirigindo a exclamação à Deus?
Em Tito 2:13; 2Pedro 1:1 é mais
uma distorção de interpretação; será mesmo que Paulo ou Pedro, estava chamando
Jesus de nosso Deus e Salvador? Apesar do texto mencionar; “volta de nosso Deus
e Salvador, Jesus Cristo”; isto não quer dizer de forma alguma que Deus é o
Salvador Jesus Cristo. Pois a expressão “Salvador Jesus Cristo” está no
genitivo da gramatica grega, implicando claramente que a expressão seria “do
Salvador Jesus Cristo”, mostrando assim dois indivíduos no texto. O mesmo
também vale para 2Pedro 1:1. Agora com respeito a Hebreus 1:8 será que aqui
está mesmo dizendo que Jesus é Deus o próprio? isso vai contradizer o que o
escritor de hebreus diz a seguir no versículo 9 “por isso Deus, o teu Deus te
ungiu...” se Jesus é Deus, aqui temos um Deus ungindo outro Deus. Como pode
Jesus ser Deus e ter um Deus? Ou como pode Deus ter necessidade de ser ungido
por alguém. Essa é na realidade o fato de Jesus representa-lo no trono. Quando
a bíblia coloca o Machia como Deus no salmo 45:6, está muito claro que ela se
refere a Jesus como Deus na sua representatividade do seu governo messiânico,
pois Deus é a base do seu trono. Isso não implica no fato dele ser o próprio
Deus. Nesse caso vou ter entender que Moisés era o próprio Deus. Porque Deus
disse: “você será Deus diante de Faraó, e Arão seu profeta.”
Em Apocalipse, um anjo instruiu o Apóstolo João
para que adorasse a Deus (Apocalipse 19:10). Nas Escrituras, várias vezes Jesus
recebe adoração (Mateus 2:11; 14:33; 28:9,17; Lucas 24:52; João 9:38). Ele
nunca reprova as pessoas quando recebe adoração. Se Jesus não é Deus, Ele teria
dito às pessoas para não ser adorado, assim como fez o anjo em Apocalipse. Há
muitos outros versículos e passagens das Escrituras que atestam a favor da
divindade de Jesus.
Segue a refutação
Em (Apocalipse 19: 10) João é
instruído a adorar à Deus, isto porque com certeza toda adoração pertence à
Deus. E porque não a Jesus também? A
Bíblia diz que devemos adorar a um único Deus. Em Mateus 4:10 vemos Satanás
incitando Jesus a adorá-lo em troca dos reinos do mundo, mas a resposta de
Jesus é categórica dizendo de si mesmo que a Deus que se deve adorar é somente
a Ele prestar culto. Neste contexto Jesus se auto exclui como objeto de
adoração e culto, quanto aponta estas obrigações ao Pai. Os textos apontados
como possível adoração à Jesus, (Mateus 2:11; 14:33; 28:9,17; Lucas 24: 52;
João 9:38). Como pode aqui Jesus estar recebendo adoração, se ele mesmo disse à
Satanás que deveria adorar a Deus, assim como o Anjo disse à João em Apocalipse
19:10, para adorar a Deus? O fato de Jesus não repreender as pessoas, é que o
ato das pessoas em se curvar diante Dele não consistia em adoração.
O ato dessas pessoas nessas
referencias citada acima estaria mesmo dentro de um contexto de adoração à
Deus? João 4:22. Vós adorais
o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação
vem dos judeus. Veja o discurso de Jesus aqui se coloca mais uma vez como um adorador, quando
diz: “nós adoramos”, como explica Jesus adorar ao Pai e receber o mesmo
tipo de adoração? Para concluir a palavra grega “proskínio” nesse contexto não
tem significado de adoração, mas como reverencia a alguém superior, ou uma
autoridade, ou mesmo presta uma homenagem; o dicionário Wine, e o
dicionário Strong, afirma isso, como também
outra obras.
A razão mais importante para Jesus ser Deus é que se Ele não o fosse, Sua morte
não teria sido suficiente para pagar a pena pelos pecados do mundo inteiro (I
João 2:2). Somente Deus poderia pagar preço tão infinito. Somente Deus poderia
carregar os pecados do mundo (II Coríntios 5:21), morrer e ressuscitar,
provando Sua vitória sobre o pecado e a morte.
Segue a refutação
Gostaria de saber de onde foi
tirado esse pensamento de que: “Jesus teria que ser Deus, para que sua morte
fosse suficiente para pagar pelos pecados do mundo inteiro?” Uma pergunta; quem
pecou? Um homem ou um Deus? Qual a exigência da lei? Era a morte de Deus? Ou do
homem? Veja bem que a lei exigia a morte de um homem ou dos homens, logo teria
que ser um homem para morrer como um homem sem mancha e sem pecado. Deus é imortal,
logo não pode morrer pelo homem, o filho do homem nascido de mulher segundo a
lei sujeito a todas a fraquezas humanas seria o sacrifício perfeito. E mesmo
assim seria Deus pagando o preço infinito pela humanidade pecadora, quando
envia o seu filho para a morte. A bíblia não fala de nenhum Deus morrendo na
cruz, mas de um homem (o Filho de Deus) para ser mediador entre os homens, como
diz: Paulo: “há um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo o homem.
Timóteo 2:5. Onde está tal referência de que Deus tenha carregado os pecados do
mundo. O texto não diz que Deus morreu e ressuscitou, mas que Deus ressuscitou
a Jesus dos mortos, pois a vitória de Jesus sobre a morte tem os méritos do
Pai. No momento da sua morte (Jesus); Deus sai do filho, sendo esta a razão do
filho clamar: “Deus meu! Deus meu! Porque me desamparaste? Isso prova que ali
na cruz estava morrendo um homem, com o propósito divino de salvar a raça
humana. E não um Deus!!